A relação entre barulho e desvalorização de imóveis é uma preocupação crescente nas cidades modernas. O ruído excessivo devido ao tráfego, atividades industriais e vizinhos barulhentos pode diminuir significativamente o valor dos imóveis. Por isso, compradores e locatários procuram cada vez mais ambientes tranquilos. Neste post, vamos explorar melhor o tema. Continue para mais.
Em grandes cidades, o cenário urbano é marcado por obras, trânsito congestionado, cruzamentos movimentados e buzinas incessantes. A poluição sonora tornou-se uma inimiga constante, afetando a tranquilidade das pessoas até mesmo dentro de suas próprias casas.
Em áreas onde o barulho excessivo é uma presença constante, a desvalorização imobiliária torna-se uma ameaça palpável, mesmo em regiões nobres e centrais da cidade.
Embora seja comum ouvir falar sobre como a decoração ou a adição de determinados itens podem afetar o valor de um imóvel, um fator muitas vezes negligenciado é a poluição sonora.
Os potenciais compradores frequentemente se concentram no conforto físico, na estética e na localização de um imóvel, deixando de considerar o impacto do ruído excessivo. No entanto, ignorar a poluição sonora pode se tornar uma fonte significativa de preocupação no futuro.
Neste post, exploraremos não apenas os principais elementos que contribuem para a desvalorização de um imóvel, mas também a conexão direta entre o barulho constante e essa desvalorização. Vamos analisar como o ambiente sonoro pode ser um fator crucial que merece atenção ao comprar ou vender uma propriedade!
Quer sabe mais? Basta continuar a leitura!
Quais os principais fatores que ajudam a desvalorizar um imóvel?
Para além da observação cuidadosa da estrutura e das condições de uma casa ou um apartamento, é fundamental analisar os planos da prefeitura, ou de outros órgãos competentes, para as áreas circundantes. Isso porque elementos como a proximidade de rodovias ou cemitérios podem influenciar negativamente no valor do imóvel residencial.
Surpreendentemente, existem fatores externos à nossa escolha que podem levar à desvalorização do imóvel residencial – algo que corretores imobiliários e especialistas no setor afirmam poder atingir até 30% do valor do imóvel.
Conheça alguns desses fatores externos que contribuem para a desvalorização de um imóvel residencial.
Cemitérios
Como mencionado anteriormente, a venda de uma casa ou apartamento com vista para um cemitério é uma tarefa um pouco… Desafiadora. Pois, são muitos os residentes que consideram a “grama do vizinho” como mórbida, dando preferência a áreas mais distantes.
Um contraponto é que, em São Paulo, existem diversos prédios de luxo estão sendo lançados próximos de cemitérios devido à tranquilidade e, especialmente, ao silêncio do local, por exemplo. Além de, claro, a impossibilidade de construir outros empreendimentos que possam obstruir a iluminação das residências ou dos espaços próximos.
Falta de acesso a comodidades
A localização de um imóvel é crucial para sua valorização, sendo supermercados, comércios e meios de transporte fatores essenciais. A proximidade dessas facilidades aumenta o valor da propriedade, enquanto grandes distâncias têm o efeito oposto, reduzindo significativamente os preços em comparação com propriedades semelhantes.
Além disso, a condição das rodovias, incluindo asfalto e calçadas, desempenha um papel fundamental nesse cenário.
A Johns & Co London, por exemplo, mostra que ter um supermercado à sua porta provavelmente aumentará o valor da sua propriedade em impressionantes 50%. Isso é excelente para quando você decidir vender ou alugar sua residência.
É interessante notar que, embora esses critérios sejam as principais queixas dos compradores ao buscar um imóvel, corretores afirmam algo curioso: o que pode ser considerado negativo por alguns pode ser visto como positivo por outros, dependendo do perfil do comprador.
A preferência, claro, varia de acordo com as necessidades e estilos de vida individuais dos moradores ou do perfil do proprietário, ou locatário, tornando a avaliação da localização uma questão altamente subjetiva.
Árvores altas
Este item pode parecer estranho, mas vamos explicá-lo melhor: árvores em uma rua são geralmente vistas como um elemento positivo, pois adicionam cor e serenidade à região.
No entanto, segundo a revista de imóveis Home & Gardens, quando a vegetação é excessivamente alta e está muito próxima das casas, isso indica raízes mais profundas que podem representar uma ameaça para as fundações dos imóveis e para as calçadas.
Além disso, essas árvores necessitam de podas frequentes para evitar que galhos caiam sobre a fiação elétrica ou invadam os imóveis. É recomendável que as árvores estejam localizadas a pelo menos sete metros de distância das residências para minimizar esses riscos.
Presídios e delegacias
De fato, nas grandes cidades, a realidade em torno de delegacias e presídios é paradoxal. Teoricamente, essas instituições deveriam representar segurança e ordem, mas, na prática, a situação é outra.
O ambiente que deveria transmitir proteção muitas vezes se torna uma fonte de apreensão para os residentes, criando uma situação paradoxal onde a presença de forças de segurança pode, ironicamente, gerar um sentimento de insegurança na comunidade. Além de muita baderna – e gritaria!
Proximidade a áreas perigosas
Complementar ao item anterior, a proximidade a áreas perigosas também desvaloriza – e muito – o valor de um imóvel. De fato, antes de adquirir um imóvel, é comum que os futuros proprietários pesquisem minuciosamente sobre a segurança da área em que pretendem morar.
Índices de roubos, homicídios e violência, bem como a presença ostensiva da polícia, são critérios frequentemente avaliados. Esses aspectos, aliás, podem ter um peso significativo na decisão de compra e, muitas vezes, influenciam consideravelmente na desvalorização do imóvel desejado, como bem indica a seleção da The Journalist’s Resource sobre o impacto dos crimes no valor de uma propriedade.
Além disso, essa preocupação com a segurança se estende às áreas menos favorecidas. Muitos compradores afirmam que a visão desses lugares não é atraente, o que impacta negativamente na valorização do imóvel.
A estética e a segurança do entorno desempenham papéis cruciais nas decisões de compra, refletindo a importância que os compradores atribuem a um ambiente seguro e agradável ao escolherem seu lar.
Aeroporto ou rodovias
Aeroportos (ou rotas de avião), rodovias e linhas férreas ou de metrô de superfície são considerados por especialistas do mercado imobiliário como fatores que desvalorizam significativamente apartamentos, casas ou outras moradias.
Eles argumentam que a poluição sonora constante e o intenso movimento de pessoas e cargas nessas áreas criam uma sensação de insegurança, o que impacta negativamente no valor dos imóveis.
Surpreendentemente, alguns compradores vão além e acreditam que até mesmo a presença de pontos de ônibus nas proximidades não é bem-vinda. Eles alegam que isso leva a aglomeração de pessoas, congestionamento de ônibus e barulho, tornando a área menos atrativa para se viver.
No entanto, é importante mencionar que para algumas pessoas, a proximidade dessas infraestruturas está no topo da lista de exigências ao procurar um imóvel, visto que facilitam o acesso e a mobilidade, refletindo a diversidade de preferências e necessidades no mercado imobiliário.
Boates, bares, estádios de futebol e afins
É uma grande verdade que casas noturnas, estádios de futebol, postos de gasolina, igrejas, clubes e bares são frequentemente associados a locais com alta probabilidade de barulho, aglomeração de pessoas e confusões que podem perdurar até altas horas da noite.
Por essa razão, ruas que possuem uma grande concentração desses estabelecimentos tendem a ser mais desvalorizadas no mercado imobiliário.
Compradores em potencial geralmente evitam essas áreas devido aos potenciais inconvenientes e à sensação de insegurança que essas condições podem gerar.
A tranquilidade do ambiente é muitas vezes um fator determinante na decisão de compra de um imóvel, levando muitos compradores a preferirem áreas residenciais longe desses pontos de atividade noturna e agitação constante.
Leia também: Como desligar o som do vizinho à distância?
A relação entre o barulho e a desvalorização de imóveis
Considerando todos os itens que vimos acima, uma coisa bastante óbvia é que regiões barulhentas, especialmente em horas inapropriadas, são as mais suscetíveis a sofrerem com a desvalorização no mercado imobiliário, como aquelas próximas a aeroportos, construções, boates ou espaços com vida noturna agitada.
Uma grande comprovação disso foi tirada a prova pelo Grupo Loft, que conduziu um estudo e investigou os valores de venda de apartamentos nas proximidades do estádio Allianz Parque, em São Paulo, tido como um dos principais centros de eventos esportivos e de shows internacionais na cidade.
Segundo os dados obtidos, que analisou mais de 32 mil transações envolvendo apartamentos próximos ao local, foi observado um padrão nos preços conforme a distância em relação ao estádio. Surpreendentemente, à medida que os imóveis se afastam do estádio, seus valores aumentam.
Apartamentos localizados aproximadamente a 450 metros do estádio foram vendidos por 2% a mais do que os imediatamente vizinhos. Por outro lado, os apartamentos situados a mais de 900 metros do estádio tiveram um preço de venda 1,1% menor em comparação aos seus vizinhos imediatos*.
*Contém informações do jornal Estadão
É evidente que um centro tão significativo de barulho e multidão, como um estádio dessa magnitude, causa perturbações sonoras para os residentes vizinhos, depreciando o valor dos imóveis na região. No entanto, uma forma de driblar essa situação, é por meio da instalação de janelas antirruídos – uma solução bem mais simples e barata do que vender e comprar outro imóvel.
Efeitos da poluição sonora
A poluição sonora, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), representa um dos principais fatores ambientais que contribuem significativamente para problemas de saúde.
O otorrinolaringologista Dr. Vinicius Ribas Fonseca aponta que, dependendo do grau, os ruídos oriundos da poluição sonora podem causar prejuízos à audição, como o zumbido e a perda total:
O excesso de sons, principalmente de uma intensidade elevada acima de 85 decibéis por tempos prolongados, pode trazer o que chamamos de cansaço acústico: irritabilidade, estresse, além de alterações emocionais, como dores de cabeça e tontura. Além disso, pode causar baixa compreensão daquilo que você está escutando e até mesmo lesões na cóclea, podendo provocar a perda de audição e o zumbido
Dr. Vinicius Ribas Fonseca
A Agência Europeia do Meio Ambiente (AEMA) revela que somente na Europa, essa questão é responsável por 12 mil mortes prematuras anualmente.
Conheça a escala de níveis de ruído
Para ajudar as pessoas a entenderem os diferentes níveis de ruído, a associação francesa Journée Nationale de l’Audition criou uma escala de decibéis (dB) que nosso ouvido percebe:
- Muito calmo, 20 dB: como um jardim tranquilo ou sussurros suaves;
- Agradável, 40 dB: similar a um escritório ou apartamento silencioso;
- Suportável, 60 dB: é o som de uma conversa normal ou uma janela aberta para a rua;
- Cansativo, 70 dB: algo como um aspirador de pó ou um ventilador;
- Fraco, 80 dB: comparável ao barulho do tráfego pesado ou buzinas;
- Arriscado, 90 dB: se assemelha a um comboio de alta velocidade ou uma motocicleta próxima;
- Arriscado, 100 dB: similar ao volume máximo de fones de ouvido ou concertos musicais;
- Nocivo, 110 dB: como o som de alto-falantes em um carro;
- Perigoso, 140 dB: algo como o barulho de um avião decolando ou um martelo pneumático.
Como reclamar de barulho?
A cidade de São Paulo estabelece limites de ruídos de acordo com sua Lei de Zoneamento. Em áreas residenciais, por exemplo, o limite permitido é de 50 decibéis entre 07h e 22h, e reduz para 45 decibéis das 22h às 07h, equivalendo ao nível de uma rua sem tráfego.
Para lidar com reclamações sobre ruídos excessivos vindos da rua ou dos vizinhos, os residentes paulistanos podem contatar o Programa de Silêncio Urbano da Prefeitura de São Paulo (PSIU).
As denúncias podem ser feitas pelo telefone 156 ou diretamente nas subprefeituras. Para uma ação mais eficaz, é essencial que o denunciante informe o horário em que o barulho é mais intenso e o tipo de atividade que o está causando.
Além disso, é necessário que o denunciante se identifique com seu nome completo, endereço e número de telefone. A prefeitura assegura que essas informações pessoais são mantidas em sigilo e não são divulgadas publicamente.
Leia também: Qual é o horário da lei do silêncio em São Paulo?
Vizinhos barulhentos podem dificultar a qualidade de vida mesmo nos melhores dos imóveis. Por isso, são necessárias alternativas para se garantir um ambiente tranquilo e mais silencioso em sua casa – e uma Janela Antirruído pode ser a solução ideal.
Dessa forma, a Dr. Silêncio chega para oferecer o melhor custo-benefício do mercado quando o assunto é o cancelamento de ruído. Nossas Janelas Acústicas garantem rapidez e eficiência para resolver os seus problemas com o barulho de vizinhos. Saiba mais em nosso site: