Se você sente certo incômodo ao escutar o som de uma buzina de carro, um bebê chorando ou vozes em alto-falante, já adiantamos que isso não é nenhum motivo de preocupação, pois é algo absolutamente normal e não necessariamente uma sensibilidade auditiva.

No entanto, algumas pessoas podem vivenciar desconforto ao serem expostas a sons que, geralmente, são naturalmente bem tolerados pela maioria. Esse tipo de sintoma pode fazer parte de casos de hipersensibilidade auditiva, uma condição que pode oferecer alguns transtornos no dia a dia.

Basicamente, a hipersensibilidade auditiva é a baixa tolerância ou a sensibilidade extrema a sons cotidianos comuns.

Alguns dos prejuízos que essa condição pode causar envolvem dores de cabeça, irritação, zumbido, insônia e capacidade de concentração afetada. Além disso, pode levar ao isolamento social, com riscos de evoluir para um quadro de depressão.

Há diferentes tipos de sensibilidade auditiva, conforme você poderá conferir no artigo a seguir. Vamos falar também o que leva algumas pessoas a serem mais sensíveis a barulhos, quais os sintomas que essa condição causa e os possíveis tratamentos que podem ser adotados. Boa leitura! 

Quais os tipos de hipersensibilidade auditiva? 

Há 3 tipos de hipersensibilidade auditiva: misofonia, hiperacusia e fonofobia. Vamos entender melhor do que se trata cada um deles? 

Misofonia

Essa condição também é conhecida como Síndrome de Sensibilidade Seletiva do Som (SSSS ou S4) e se manifesta por meio de uma redução à tolerância a alguns sons específicos, principalmente se forem repetitivos. 

Homem com as mãos sobre os ouvidos, com expressão de sensibilidade auditiva

Os sons que incomodam as pessoas com misofonia geralmente fazem parte do cotidiano, são comuns para muitos de nós e muitas vezes passam desapercebidos. Alguns exemplos são barulhos de respiração, mastigação, dedos digitando no teclado, chiclete sendo mastigado e cliques de uma caneta. 

Apesar desse tipo de som não ser alto, quem sofre com essa condição tem uma tolerância muito baixa em relação a ele, e sofre ao ouvi-lo. A misofonia está diretamente relacionada ao significado do som, e não necessariamente ao volume ou intensidade.

Assim, uma pessoa que sofre com misofonia pode apresentar hipersensibilidade a miados de gato ao longe, mas não se incomodar com o barulho de obras no vizinho ou de música alta.

Isso acontece porque a misofonia afeta não apenas o sistema auditivo, mas também o neurológico. Barulhos simples e cotidianos podem fazer com que o cérebro libere adrenalina, como se o corpo estivesse enfrentando algum tipo de ameaça. Assim, pode ocasionar sintomas como sudorese, tremores, tensão muscular e taquicardia. 

Além disso, a misofonia frequentemente está associada a uma diminuição da capacidade de audição. Por conta disso, reduz o nível da qualidade de vida e faz com que tarefas simples do cotidiano se tornem mais difíceis de serem realizadas.

Hiperacusia

A hiperacusia, por sua vez, está relacionada à hipersensibilidade a determinadas frequências e volumes de som. Diariamente, todos estamos expostos a uma quantidade incontável de ruídos, o que foge do nosso controle.

De uns tempos para cá, o número de estímulos sonoros se intensificou ainda mais, devido ao uso de smartphones, computadores, brinquedos que emitem barulho, aparelhos de música, videogames, trânsito, shows, multidões, etc.

Invenções como essas foram determinantes para o aumento em relação à exposição de ruídos, potencializando problemas como a hiperacusia.

Pessoas com essa condição apresentam baixa tolerância a esse tipo de barulho e vivenciam desconfortos diários, que podem ocasionar dores de cabeça e vertigens mediante ao toque alto de telefone ou o barulho de um aspirador de pó ou cortador de grama.

Essa condição de saúde pode acometer tanto pessoas com uma audição íntegra quanto quem possui deficiência auditiva. Quem vive com ela relata que é como se o botão de volume do mundo estivesse sempre no máximo, já que ouvem tudo muito mais alto.

Homem com auto falante próximo ao seu ouvido, com efeitos que simbolizam a emissão de sons altos

Esse é um problema ainda pouco estudado, mas tudo indica que ela aconteça, na maioria dos casos, em função do excesso de ruído, que provoca um dano no nervo auditivo, que perde a capacidade de lidar com o barulho.

Assim, mesmo que o barulho não seja tão elevado, ele acaba sendo insuportável devido a alguma falha no processamento central de sons. Isso faz com que as pessoas que sofrem com hiperacusia fiquem irritadas e sintam dores nos ouvidos que podem persistir por dias e até mesmo provocar zumbidos crônicos.

Fonofobia

O terceiro tipo de hipersensibilidade auditiva é a fonofobia, que é o medo ou raiva que se manifestam de maneira intensa ao ouvir certos sons. Em suma, quem sofre com esse distúrbio tem, literalmente, medo de barulho. 

Isso se deve a uma questão psicológica, que faz com que a pessoa tenha sintomas de ansiedade ao ser exposta a determinados sons. Sendo assim, é um fenômeno reconhecido como um distúrbio de ansiedade relacionado ao som, e não a um transtorno auditivo. 

Pessoas com fonofobia podem sofrer com crises de ansiedade, sudorese e taquicardia, simplesmente ao ouvir um som específico. Casos extremos de misofonia podem ser caracterizados como fonofobia. Essa categoria também pode englobar o temor relacionado a sons altos, como buzinas, alarmes, sirenes, fogos de artifícios e o barulho de trânsito. 

Esses são os 3 ipos de hipersensibilidade auditiva que existem. Agora que você já está familiarizado(a) com eles, continue a leitura para descobrir porque algumas pessoas são mais sensíveis a barulhos do que outras.

Quais as causas mais comuns da hipersensibilidade auditiva?

Não há um motivo específico que seja responsável por desencadear os casos de hipersensibilidade auditiva, mas há algumas condições e contextos que podem contribuir para o surgimento desse fenômeno.

A causa mais imediata da sensibilidade auditiva acontece em função de uma superexposição a níveis altos de decibéis, quando o indivíduo escuta sons muito altos constantemente.

Tudo sobre os transtornos que envolvem a sensibilidade auditiva. Fonte: Canal Saúde Oficial

Um exemplo banal disso é o uso frequente de fones de ouvido com volume acima do recomendado. A intensidade do som não deve ficar acima dos 75 dB. Fica a dica: se outras pessoas conseguem escutar ou reconhecer a música que você está ouvindo no fone, é provavelmente porque o volume está muito alto.

Além da exposição a níveis altos de decibéis, outra possível causa para a hipersensibilidade auditiva é uma má formação genética no ouvido interno, no músculo tensor do tímpano ou nos músculos estapedianos, que são responsáveis pelos reflexos auditivos e podem estar vinculados a danos causados ao sistema neurológico.

Alguns quadros de instabilidades emocionais também podem estar relacionados. O estresse e a ansiedade podem interferir na produção da serotonina, um neurotransmissor que atua no cérebro e em outros sistemas do corpo e é responsável por proporcionar a sensação de bem-estar.

O déficit de serotonina pode ocasionar diversos prejuízos, entre eles, o comprometimento da audição. 

Há também algumas doenças auditivas (como a doença de Meniére) que podem provocar a hipersensibilidade auditiva. Essa também é uma característica frequentemente observada em pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).

Indivíduos com TEA podem ter uma percepção auditiva muito intensa e sensível, ocasionando desconforto significativo e desafios na comunicação e interação social. Isso provavelmente acontece porque suas vias sensoriais são mais sensíveis, resultando em uma maior percepção e reatividade aos sons.

Como deu para notar, há várias situações que podem levar ao aumento da sensibilidade auditiva. Ela também pode se manifestar a partir de distúrbios cerebrais, infecções ou ainda de forma hereditária.

Independente da causa, é fato que os portadores dessa condição enfrentam dificuldades que vão além do desconforto e dos sintomas vivenciados. Muitas pessoas ainda a interpretam como “frescura” ou associam necessariamente a algum tipo de distúrbio psiquiátrico. 

A falta de informação e empatia também pode levar à dificuldade para identificação do problema e encaminhamento para o tratamento mais adequado.

Como mencionado anteriormente, a hipersensibilidade auditiva pode levar à restrição da vida familiar, social e profissional, tanto pelo incômodo resultante da exposição aos sons quanto pela falta de compreensão dos familiares e amigos.

Prossiga com a leitura para descobrir como a hipersensibilidade auditiva é identificada e quais são os possíveis tratamentos para esses casos.

Como saber se tenho hipersensibilidade auditiva?

Os sintomas desse fenômeno podem variar de acordo com o organismo de cada indivíduo, já que pessoas diferentes podem ser afetadas de maneiras diferentes.

De maneira geral, é possível afirmar que a hipersensibilidade auditiva envolve dores e zumbidos no ouvido, desconforto e intolerância a ações que geralmente outras pessoas conseguem tolerar mais naturalmente. Outros sinais possíveis são tonturas, náuseas e até mesmo perda de equilíbrio quando em contato com sons que causam desconforto. 

Também é importante considerar os sintomas que estão relacionados à parte emocional. Afinal, pessoas com sensibilidade auditiva aguçada podem apresentar fonofobia e alto grau de ansiedade e estresse, e até mesmo vivenciar crises de pânico em função da exposição a determinados sons.

Esse tipo de sintoma pode levar à falta de disposição para reagir a alguns níveis sonoros. Dá para ter uma noção do impacto que a hipersensibilidade auditiva pode ter no cotidiano e na qualidade de vida de pessoas que sofrem com essa condição, certo? 

Homem com fone de ouvido em uma das orelhas, e a outra ele afasta o fone para tentar ouvir algo ao seu redor devido a sensibilidade auditiva

Por isso é tão importante realizar exames junto a um profissional fonoaudiólogo e/ou otorrinolaringologista, que serão capazes de diagnosticar o problema.

Para os casos de hipersensibilidade relacionada ao volume dos sons, o ideal é aplicar o teste do limiar do desconforto (UCL), que é complementar a audiometria – este, por sua vez, utilizado para identificar o menor nível de incômodo com ruídos. 

Como é o tratamento para sensibilidade auditiva? 

Essa área da saúde tem conquistado grandes avanços nas últimas décadas. Quadros como a misofonia e a hiperacusia, apesar de ainda não terem cura, possuem tratamento. 

Muitas vezes, o acompanhamento multidisciplinar pode ser indicado. A linha de tratamento depende da causa, mas, em geral, é feita uma combinação envolvendo medicamentos, terapias sonoras e psicoterapia. O tratamento medicamentoso auxilia no alívio de alguns sintomas, como dores e irritabilidade, além de atuar também no controle da ansiedade.

Algumas técnicas podem ser úteis, ainda que não sejam eficazes para todos os pacientes. Para escolher a mais adequada, é preciso realizar uma análise geral dos sintomas, entender a queixa do paciente e interpretar o resultado dos exames realizados. 

Assim como nos casos de zumbido, o mais indicado é a realização de terapia sonora. Esse método é aplicado por fonoaudiólogo e consiste no uso de sons específicos para dessensibilizar o paciente, com o objetivo de ajudá-lo a desenvolver uma resposta mais neutra ou positiva aos sons que desencadeiam sua irritação.

Na aplicação desse método, os sons começam em baixa intensidade e vão aumentando gradativamente, de modo que o cérebro se habitue a não se incomodar com volumes que antes eram intoleráveis. Muitas vezes, a terapia sonora envolve deixar a pessoa exposta a um som tranquilo enquanto dorme – como o som de uma fonte de água, por exemplo. 

Como o cérebro nunca se desliga totalmente, é possível utilizar o sono para mostrar ao paciente que aquele barulho, naquela intensidade, não é agressivo. Assim, aos poucos, ele vai se adaptando a potências mais altas, até o volume não incomodar mais.

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Independente do tratamento indicado pelo profissional que acompanha seu caso, é importante ressaltar que a hipersensibilidade auditiva não significa, necessariamente, uma baixa qualidade de vida.

Caso você desconfie que tem uma das condições mencionadas ao longo deste artigo, considere procurar um médico otorrinolaringologista ou um fonoaudiólogo. 

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